com a palavra

Assistente social fala das motivações para seguir a profissão

Gabriele Bordin

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Arquivo Pessoal

A assistente social do Colégio Militar de Santa Maria é formada pelo Centro Universitário Franciscano (Unifra), atual Universidade Franciscana. Especialista na área de inclusão e formada também em Pedagogia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Marta Kirchoff Fagundes de Farias, 57 anos, atuou em Boa Vista (RO) e em São Gabriel (RS). A gabrielense trabalha na Clínica Renal, tratando de pessoas em hemodiálise. Casada com o militar e advogado Marcelino José Neves de Farias, 60 anos, ela é mãe do advogado Carlos Augusto e da arquiteta Ana Caroline. 

Diário - Qual é a sua relação com a Cidade Coração?

Marta Kirchoff Fagundes de Farias - Em 1998, me mudei de São Gabriel para Santa Maria por ocasião da transferência do marido. Após ter morado em vários Estados, escolhemos Santa Maria para fixar residência por achar que, além da educação, o local, na época, apresentava segurança, por ser uma cidade de médio porte, onde misturava traços de pequenos e grandes centros. Aliado a isso tudo, finalmente, moraria perto da família. Posso dizer que amo Santa Maria. A cidade me deu amigos maravilhosos.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">No registro, o marido, Marcelino (a partir da esq.), o filho Carlos Augusto, Marta, a nora Maiara, a filha Ana Caroline e o genro, Lucas

Diário - Por que Serviço Social?

Marta - Amo minhas duas escolhas profissionais. Desde 2014, trabalho como assistente social. O curso possibilitou que eu estudasse meu lado inquieto e sedento por transformação, por achar que, mesmo existindo classes distintas, todo cidadão precisa ser protegido igualmente por uma única constituição. Escolhi essa profissão por acreditar que a solução para as questões sociais devem partir de nós mesmos. O assistente social é, na essência, um ser sócio-político, crítico e interventivo.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Marta e o marido, Marcelino Farias

Diário - Quais as experiências mais marcantes a senhora pontua na profissão? 

Marta - Todas as ações nesta rotina são marcantes e únicas. Destaco aquelas em que faço a diferença para pessoas e, de alguma forma, ajudo a resolver problemas ligados, principalmente à educação e saúde, minhas duas áreas de atuação. É na realização voltada para a promoção do bem-estar físico, emocional e social da população atendida que se encontra a minha realização profissional.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Momento especial com os filhos no casamento de Ana Caroline

Diário - Qual é a sua relação com o Exército Brasileiro?

Marta - Esta relação vem desde que me casei. Nas andanças pelo Brasil, a gente acaba contando sempre com a família militar, uma vez, na maioria do tempo, que estamos longe das nossas raízes.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Marta junto a tenente Caren Teixeira e alunos do CMSM, em momento de integração

Diário - Como se dá a sua relação com os alunos e colegas do CMSM? 

Marta - O convívio com os alunos me faz refletir muito. Ora oriento, ora aprendo. Eles me fazem rever diversos conceitos, me desconstruo e reconstruo. Meus colegas, tanto os civis quanto os militares, me dão suporte para a realização das minhas atividades. O sentimento de que juntos iremos mais longe é o que alimenta a minha paixão pelo trabalho. 

Diário - A senhora trabalha ativamente pela inclusão social? Como atua nesta área? 

Marta - Sim. Na Clínica Renal, trabalho diretamente com deficientes visuais, físicos, entre outros. No Colégio Militar, atuo com as mais variadas demandas referentes a crianças e adolescentes. Além da minha atuação profissional, procuro me engajar em projetos que atendam pessoas em situação de rua, seja atuando na linha de frente ou contribuindo com arrecadações, que vão de vestuário a alimentação. Essas doações são encaminhadas a redes de atendimentos. Atualmente, junto a um grupo de amigos, estamos buscando parcerias para acolhimento a moradores em situação de rua, que irá viabilizar, além do alimento, a oportunidade de escuta sobre cada caso e, assim, promover o acesso dessas pessoas aos serviços sócio-assistenciais e às demais políticas públicas.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Em um dos expedientes na Clínica Renal

Diário - Em meio a tantas funções, o que a motiva? 

Marta - Sou motivada por uma frase que certa vez ouvi, não lembro quem pronunciou: "conhecer o ontem, relacionar com o hoje, pensando no amanhã". A partir disso, acrescento que é preciso conhecer o ontem, levando em conta a história de vida de cada um. Então, é importante relacionar essa realidade com o hoje para entender o porquê das coisas e, assim, se pensar no amanhã. Meu foco é transformar realidades para um futuro mais sustentável para as novas gerações. Nenhum homem é uma ilha isolada. O que faço hoje repercutirá no amanhã. O ser humano precisa olhar seu semelhante sempre com atenção. 

Diário - E a família?

Marta - Não tenho uma família da propaganda de margarina, visto que é em casa que nos sentimos mais confortáveis para exercitarmos paciência, tolerância, perdão, entre outras virtudes. Amo minha família. Quando se constrói um lar, é preciso ter em mente que será necessário ter flexibilidade, ser aberto à troca de experiências e tentar equilibrar os desejos e necessidades de todos. Acredito que viemos na família certa, com as pessoas certas para o nosso aprimoramento. Sou agradecida aos meus pais. Eles me ensinaram a ter caráter, valores e humildade. Sou grata à família que formei. Todos os dias crescemos e aprendemos com nossos erros e acertos. Sou grata ao querido Lucas, meu genro, e Maiara, minha nora, que vieram somar alegrias e dar continuidade a este núcleo tão importante para mim.

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